S/Nº. – As Edições do “Cantor Cristão” (2) – 20 abr 2008, p. 14

//S/Nº. – As Edições do “Cantor Cristão” (2) – 20 abr 2008, p. 14

S/Nº. – As Edições do “Cantor Cristão” (2) – 20 abr 2008, p. 14

 

As Edições do “Cantor Cristão” ( 2 )

Roberto Torres Hollanda

 

13ª. edição – 1912

 

Em fevereiro de 1912, Salomão Luiz Ginsburg (1867-1927) foi a Portugal para contratar com a Tipografia “Mendonça” (Porto, Portugal) a impressão desta edição.

Ver: “O Jornal Batista”, 09 mai 1912, p. 06; Ginsburg, Um judeu errante no Brasil. 2ª. ed., pp. 155-157. Rio de Janeiro:Casa Publicadora Batista,1970.

 

14ª. edição – 1914

 

Enquanto não ficava pronta, foi lançado um folheto com 42 hinos no vos. Editada com 450 hinos no Rio de Janeiro (DF), mas impressa no Porto (Portugal). Pela segunda vez, o “Cantor Cristão” continha índice de assuntos.

Na assembléia da Convenção Batista Brasileira, no Rio de Janeiro, em junho de 1914, foi distribuído um “Souvenir” com hinos publicados em “O Jornal Batista”. Nessa assembléia foi eleita a Comissão do Hinário: S. L. Ginsburg, W. E. Entzminger e O. P. Maddox; revisores gramaticais: Adalbert Nicholl e Amelia Joyce; Ginsburg reeleito para a relatoria; eles confessaram: “ainda não é o que almejávamos que fosse”.

Foi anunciada a impressão do “Cantor Cristão com Música”, a ser lançado na assembléia da CBB em 1915; a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) prejudicou os planos de Ginsburg.

Ver: OJB, 02 out 1913, p. 08; 09 out 1913, p. 08; 12 mar 1914, p. 07; 26 mar 1914, p. 07; 07 mai 1914, p. 07; João Gomes da Rocha, “Salmos e Hinos com Músicas Sacras”, 4ª. ed., 1919.

 

15ª. edição – 1917

 

Anunciado o lançamento para o fim do ano de 1916 ou princípio de 1917. Ginsburg afastou-se da Comissão do Hinário, possivelmente por discordar de Entzminger a respeito da edição do “Cantor Cristão com Música”; eles trabalharam juntos (1914-1920) na administração da Casa Publicadora Batista, mas nem sempre concordaram na elaboração do hinário.

Ver: OJB, 09 nov 1916, p. 11; 01 fev 1917, p. 11; Ginsburg, op. cit.. p. 191.

 

16ª. edição – 1918

 

Preparada em plena Primeira Guerra Mundial. Impressa com 500 hinos nas oficinas gráficas da Casa Publicadora Batista, no Rio de Janeiro (DF).

 

Esgotada em outubro de 1919.

Ver: OJB, 20 nov 1919, p. 11.

17a. edição – 1921

 

A CBB tinha convidado, em 1920, Manoel Avelino de Souza, Ricardo Pitrowsky e Emma Paranaguá para a revisão das letras dos hinos e a publicação desta edição; com a substituição de E. Paranaguá por W. E. Entzminger, foi feita nova revisão. Continha 571 hinos. Foram impressos 15 mil exemplares.

Lançada em março de 1921; esgotada em dezembro de 1922.

Ver: OJB, 23 dez 1920, p. 12; 10 mar 1921, p. 12; 10 nov 1921, p. 5; 11 jan 1923, p. 9; Ginsburg, op. cit., p. 115.

 

18a. edição – 1924

 

Precedida pela coletânea de hinos evangelísticos, a ser usada até a publicação da 18ª. edição, esta estava em preparo desde 1922; continha só letras de 578 hinos. Impressa e lançada no Rio de Janeiro (DF).

Ver: OJB, 07 set 1922, p. 60; 07 dez 1922, p. 1; 11 jan 1923, p. 9; 03 abr 1924, p. 5.

 

1a. edição com música – 1924

 

Planejada durante 13 anos (1911-1924). Em 1922 foram comprados os tipos com sinais musicais. A Casa Publicadora Batista encarregou Ricardo Pitrowsky de preparar a la. edição com música; ele apresentou proposta de emendas das letras dos hinos. Desde 1922 estava sendo impressa, por partes, nas oficinas gráficas da CPB, no Rio de Janeiro (DF). Continha 578 hinos. Em fevereiro de 1923 foi lançado o primeiro fascículo, com 51 hinos.

Ver: OJB, 20 mar 1919, p. 12; 07 set 1922, p. 60; 08 fev 1923, p. 11; 13 dez 1923, p. 8; 03 abr 1924, p. 5; 29 mai 1924, p. 4; Atas da Convenção Batista do Distrito Federal, 1924, p. 17; “O Bandeirante”, 1925-1926; Antonio Neves de Mesquita, História dos Batistas do Brasil, Vol.2, pp. 125 e 272. Rio de Janeiro: CPB, 1940.

 

2ª. e 3ª. edições com música – 1930 e 1935

 

Como ensinou Henriqueta Rosa, “edição é o lançamento de uma obra; se esta sofrer revisão e/ou acréscimo, e for reeditada, será uma nova edição; porém, se se tratar de uma simples reimpressão em tudo idêntica à anterior, sem qualquer alteração, será denominada tiragem”.

Por não termos em mãos estes hinários de 1930 e 1935, não estamos em condições de saber se eram realmente edições ou tiragens.

 

28ª. e 29ª. edições – 1941 e 1954

 

Idem, em relação aos hinários de 1930 e 1935.

Ver: Henriqueta Rosa Fernandes Braga, “Salmos e Hinos” – sua origem e desenvolvimento, p. 37. Rio de Janeiro: Igreja Evangélica Fluminense, 1983.

 

30ª. edição – 1956

 

Ainda com 578 hinos, editada pela Casa Publicadora Batista e impressa em suas oficinas gráficas (Rua Silva Vale, 781, Tomaz Coelho), no Rio de Janeiro (DF).

 

31ª. edição – 1958

 

Conforme determinação da assembléia convencional de 1958, foi distribuída entre líderes da CBB para apreciação em caráter experimental.

Editada e impressa pela Casa Publicadora Batista. A Comissão Revisora (Manoel Avelino de Souza, Ricardo Pitrowsky, Moysés Silveira e Alberto Portella) propôs à CBB que no “Cantor Cristão” fossem conservados 460, sendo suprimidos 118 hinos da 18ª. edição (1924); a revisão não foi bem recebida; durante 13 anos (1958-1971), o “Cantor Cristão” ficou praticamente intocado e desconhecido pelo público batista.

 

32a. e 33ª. edições

Entre 1958 e 1963, houve circulação restrita aos líderes da Convenção Batista Brasileira.

34ª. edição – 1964

 

Com 580 hinos, tendo sido elaborada por Manoel Avelino de Souza e Ricardo Pitrowsky, foi revista por Werner Kaschel, José dos Reis Pereira e Mário Barreto França, em janeiro de 1963, para corrigir a linguagem e atualizar a ortografia. Impressa pela CPB no Rio de Janeiro.

 

35ª. edição

 

Não sabemos se era realmente uma edição ou uma tiragem. As sucessivas impressões, que alteraram os textos dos hinos, talvez não possam ser consideradas edições. Em 1968, Joan Riffey Sutton fez intensa pesquisa hinológica.

 

36a. edição – 1971

 

Elaborada pela Comissão integrada, até 1962, por Manoel Avelino de Souza (1886-1962) e Ricardo Pitrowsky (1891-1965), foi revista por Werner Kaschel, José dos Reis Pereira e Mário Barreto França, assessorados por Bill Ichter na parte da documentação. Continha 581 hinos.

Editada pela JUERP e impressa na CPB, no Rio de Janeiro (RJ).

Características: acréscimo de índices e documentação hinológica.

Na “Apresentação”, redigida em julho de 1971, Bill Ichter informou: “os hinos estão todos com ortografia atualizada”. A lei no. 5.765, sancionada em 18 de dezembro de 1971, aprovou alterações na ortografia da língua portuguesa.

Observação: com a supressão de quatro hinos e adaptação na letra de 17 hinos, a 36ª. edição do “Cantor Cristão” foi adotada, em 1974, pela Convenção Baptista Portuguesa.

 

4ª. edição com música – 1971

 

Publicada sob a supervisão do Departamento de Música da JUERP, dirigido por Bill Ichter, que foi auxiliado por Henriqueta Rosa Fernandes Braga, Antônio Azeredo Coutinho e Ivo Augusto Seitz. Impressa pela CPB. Continha 581 hinos e 8 índices. Reproduzia as músicas e as letras da 34ª. edição (1964).

Características: correção da harmonia e introdução de novos termos musicais e novos cabeçalhos.

Ver: Rolando de Nassau, Dicionário de Música Evangélica. 1ª. edição, p. 46. Brasília: edição do autor, 1994.

 

37ª. edição – 2007

 

Editada pela JUERP (Rio de Janeiro, RJ) e impressa pela Geográfica (Santo André, SP). Contém 581 hinos. Lançada em janeiro de 2007.

Preparada pela comissão integrada por Leila Christina Gusmão dos Santos (relatora), Marilene Coelho (letras) e Marcelo Yamazaki Carvalho (musicografia). Talvez a mais importante tarefa tenha sido a verificação da métrica dos hinos.

Uma pesquisa mais paciente e criteriosa poderá esclarecer as obscuridades na história do “Cantor Cristão”; ela seria um capítulo importante na história dos Batistas no Brasil.

 

30 nov 2007.

 

2018-02-21T14:18:22+00:00 By |Hinários, hinos, hinologia|