Roberto Torres Hollanda
Este nosso livro, lançado pela JUERP em janeiro de 2007, por ocasião da abertura da assembléia do centenário da Convenção Batista Brasileira, trata do culto público desde os tempos bíblicos até os nossos dias. Por isso, citamos mais de 600 passagens das Sagradas Escrituras para respaldar nossas idéias sobre o tema.
Consultamos 110 livros de renomados escritores (Ronald Allen, Paul Basden, Harold Best, Andrew Blackwood, Donald Carson, Nilson Dimárzio, Keith Drury, Eusébio de Cesaréia, João Wilson Faustini, John Frame, Daniel Frankforter, Joseph Gelineau, Alfred Gibbs, Donald Hustad, Helmut Koester, Barry Liesch, Dan Lucarini, John Mac Arthur, Ralph Martin, John Piper, Robb Redman, Erik Routley, Philip Ryken, Russell Shedd, John Stott, Sammy Tippit, A. Tozer, Robert Webber, entre outros) que demonstram as mudanças havidas no culto cristão nos últimos 45 anos.
Indicamos 27 sites na Internet onde são discutidos os mais recentes modismos que assediam as igrejas evangélicas.
São quatro capítulos, que abrangem os vários aspectos do culto cristão.
Em cada capítulo, abrimos itens para informar sobre as origens e acepções de palavras, comentar passagens bíblicas que lhes são pertinentes, refletir sobre questões da atualidade cristã e questionar as idéias do leitor a respeito dos assuntos versados no livro.
No capítulo 1 – Culto, discutimos formatos e ambientes de culto praticados
em igrejas batistas, evangélicas, protestantes e católicas, criticamos as diversas implicações da adoção de um formato litúrgico e sugerimos normas práticas para a elaboração da Ordem de Culto nas igrejas batistas.
No capítulo 2 – Adoração, tratamos do culto particular, quando o crente deve praticar exercícios espirituais, tais como o estudo da Palavra de Deus, a meditação, a oração, o jejum, a confissão e a solicitude.
O capítulo 3 – Louvor, fará o leitor refletir sobre suas oportunidades e maneiras de expressar o seu louvor a Deus, individual e coletivamente.
No capítulo 4 – Celebração, procuramos pensar maduramente sobre práticas do culto batista: quando é lida a Palavra de Deus; quando são realizados o batismo e a Ceia do Senhor; como é observado o Dia do Senhor; como é feita a consagração de ministros e a dedicação de dízimos e ofertas; porque o apelo evangelístico, as saudações, os testemunhos pessoais e a expressão extática podem comprometer a seriedade do culto; se estamos sabendo aproveitar criteriosamente a liberdade religiosa; se a cerimônia e os propósitos do matrimônio, bem como a apresentação de crianças no templo, estão sendo realizados à luz dos ensinamentos da Bíblia; se nas datas festivas e nas cerimônias fúnebres são observadas as admoestações do apóstolo Paulo referentes à ordem e ao decoro.
Nos quatro capítulos, tivemos o cuidado de pesquisar como tem sido o comportamento dos cristãos, desde os tempos da igreja primitiva até os dias atuais.
Nosso conceito de culto é a mais importante questão para as igrejas cristãs na atualidade. Muitos crentes são persuadidos de que o formato e o ambiente de culto são escolhidos pelo gosto e pelo nível cultural da pessoa. Mas devem ser escolhidos pelos padrões bíblicos, que passam de geração a geração. Algumas pessoas, desde a década de 60, se desviaram dos padrões estabelecidos para o culto divino.
Em nosso livro “Culto – Celebração e Devoção”, identificamos quatro desvios dos padrões: 1º.) ambiente ritual, regido por normas litúrgicas ou quase-litúrgicas; 2º.) ambiente emocional, procurado por pessoas curiosas que querem satisfazer seus anseios; 3º.) ambiente profano, pelas pessoas que querem entretenimento; 4º.) ambiente desrespeitoso, aberto às pessoas que não têm reverência no culto.
Preocupados com esses desvios, indicamos quatro opções adequadas para a correção dos conceitos e comportamentos a respeito do culto: 1ª.) culto espiritual, baseado na experiência pessoal do cultuante; 2ª.) culto racional, caracterizado pela simplicidade e aderência à Bíblia; 3ª.) culto sagrado, que faça distinção entre sacro e profano em todas as partes do culto; 4ª.) culto reverente, que demonstre temor pela Pessoa e pela Palavra de Deus.
Nossos leitores estão convidados a refletir sobre o conceito de culto que eles têm, e a respeito do que está sendo proposto em nosso livro.
(Publicado em “O Jornal Batista”, 10 jun 2007).