Música – No. 781
Evangélicos no proscênio (III)
(Dedicado à leitora Ana Luíza Moreira, de Porto Alegre, RS)
Já relacionamos os músicos evangélicos que alcançaram posição no proscênio da vida musical brasileira. Esses músicos não somente se destacaram no meio evangélico, mas, por sua competência profissional, foram reconhecidos no ambiente profano. Nessa primeira relação, constaram Sarah Poulton Kalley, Henry Maxwell Wright, João Gomes da Rocha, Salomão Luiz Ginsburg, Canuto Roque Régis, Henriqueta Rosa Fernandes Braga, Albert Willard Ream, Edino Krieger, Zuínglio Martinho Faustini, Nélson Ned e Roberto Minczuk (OJB, 19 jul 99).
Em 2003 a essa relação acrescentamos os nomes de Ângelo Dell Orto, Dorotéa Kerr, Elza Lakschevitz, Emílio de César, Fábio Soren Presgrave, Inês Ru- fino, Israel Menezes, Júlio Amstalden, Naomi Munakata, Nélson Silva, Priscila Bom-fim, Regina Lacerda e Suray Soren Doyle (OJB, 06 abr 03 e 04 mai 03).
Dez anos depois, temos a satisfação de apresentar aos nossos leitores outros músicos evangélicos:
Amaru Soren (batista) – estudou piano, canto e regência (UFRJ); venceu cinco concursos de piano, conquistou a medalha de ouro “Villa-Lobos” e o prêmio “Guiomar Novaes”; colaborou em produções operísticas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro; aperfeiçoou-se na escola superior estatal de música em Karlsruhe (Alemanha), na “Bachakademie” (Stuttgart, Alemanha), no “Scala” (Milão, Itália), no “Mozarteum” (Salzburg, Áustria), no conservatório de Paris (França), na Ópera de Roma (Itália), em Florença (Itália), e na “Accademia Rossiniana” (Pesaro, Itá- lia); desde 2008 leciona na universidade de Karlsruhe (Alemanha) e no centro de formação de professores de música, em Lorraine (França); tem acompanhado cantores e instrumentistas na rádio do Sul da Alemanha e na gravadora “Polygram” da França; tem regido óperas em Baden-Baden, Frankfurt e Karlsruhe (Alemanha), Reno (França), Pesaro (Itália) e Saint-Gallen (Suíça).
Anne Schneider (luterana) – cursou órgão, piano e filosofia (UFRGS); organista da paróquia “Martin Luther”, em Porto Alegre (RS); produz e apresenta, desde 1999, programa na rádio AM da UFRGS; conselheira da Orquestra Sinfônica; concertista de órgão, no Brasil e no exterior; em 2011 recebeu medalha da Assembléia Legislativa do RS por seu trabalho em prol da cultura gaúcha; em 2012 realizou concerto de órgão na igreja “Martin Luther” da paróquia do centro de São Paulo, executando obras de J.S.Bach, L.Boellmann, Karg-Elert, Amaral Vieira e Leo Schneider.
Cíntia Bittencourt (luterana) – estudante de órgão na escola superior de música sacra, em Bayreuth (Alemanha); participou, em 2008, do festival internacional de órgão, em Hasselt (Bélgica).
Dília Brandão Sant’Anna Tosta (batista) – graduou-se em canto e piano; foi co-repetidora de piano (UFRJ); diretora musical da Companhia Lírica do Rio de Janeiro; tem-se apresentado em concertos em museus do Rio de Janeiro..
Handel Cecílio (batista) – bacharel em piano e mestre em música (UEMG); mestre em musicologia histórica e doutorando em música (UNICAMP): diretor do curso de música (STB Mineiro); diretor do “Intermezzo”, grupo vocal- instrumental da UEMG; musicólogo, tem participado de congressos da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM); tocou o órgão da antiga capela real, no Rio de Janeiro, acompanhando o Coro Gregoriano de Ouro Preto (MG): organista e professor da Faculdade Batista de Belo Horizonte (MG); tem realizado recitais e concertos de órgão, dentro e fora do Brasil.
Marly Mattos Silveira (batista) – graduou-se em piano, canto e regência; fez mestrado na UFRJ; foi professora convidada da Universidade do Porto (Portugal) e preparadora vocal da Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro; participou do Festival de Música Coral de Barcelona (Espanha).
Miriam Carpinetti (presbiteriana) – bacharel em piano, órgão e canto (UNESP); estudou com Edmundo Hora (cravo, UNICAMP), Osvaldo Lacerda (teoria musical), H.J.Koellreuter (regência e composição), Jennifer Bate, Gertrud Mersiovsky, Cristina Banegas e Elisa Freixo (órgão), Charles Dobler (piano), Henry Leck e Eph Ely (regência); atualmente, organista e rege o conjunto vocal da Igrejá Presbiteriana de Vila Mariana, em São Paulo (SP); tem participado de bancas examinadoras de concursos de piano e tocado em órgãos de tubos em alguns países; é professora de órgão no Conservatório Musical Brooklin Paulista; comendadora da Ordem do Mérito Cultural “Carlos Gomes” (2012).
Parcival Módolo (presbiteriano) – estudou regência (Westphalische Landeskirchen Musikschule, em Herford, Alemanha); foi regente de orquestra (Sunden, Alemanha), foi aluno de Nikolaus Harnoncourt, Zubin Mehta e Sergiu Celibidache; coordenador do bacharelado em música sacra do Instituto Presbiteriano “José Manuel da Conceição” (São Paulo); coordenador de arte e cultura do Instituto Presbiteriano “Mackenzie” (São Paulo); maestro titular da Orquestra Sinfônica Municipal (Campinas, SP).
Patrícia Bretas (batista) – bacharelado (1985) e mestrado (1996) em piano (UFRJ); venceu nos concursos de piano “Arnaldo Estrella” (1988), “DellArte” (1992) e “Artlivre” (1995); desde 1997, professora assistente; pós-graduação, na universidade musical internacional, em Paris (França); sua tese de mestrado foi traduzida para a língua alemã e está arquivada no “Max Reger Institut”, em Bonn, Alemanha; formou com o violinista Jaroslav Sonsky um duo instrumental de alcance internacional, com o objetivo de divulgar a música brasileira na Europa e a música tcheca no Brasil; desde 1995 participa de duo pianístico com Josiane Kevorkian; tem realizado concertos nas mais importantes salas do Brasil e da Europa.
Veruschka Mainhard (batista) – estudou canto com Carol McDavit e Martha Herr (Brasil) e Marianne Blok (Holanda); realizou mestrado em flauta transversa barroca e música antiga (Utrecht, Holanda); integrou o coro do Teatro Municipal do Rio de Janeiro; é preparadora vocal do “Pro-Arte” e professora de dicção e canto (UFRJ); atuou como solista em óperas, oratórios e cantatas no Brasil, na Alemanha e Holanda; em 2012 foi palestrante (“O intérprete de ópera no século 18”), em curso livre promovido pela UFRJ.
Pelo visto, todos adquiriram sólida capacitação profissional e demonstraram profundo interesse em desenvolver seus talentos artísticos. Por isso, conquistaram lugares no proscênio musical.
Que possam, com sua arte e seu testemunho de fé cristã, transmitir a melodia suave, “doçura para a alma e saúde para o corpo” (Provérbios 16: 24).
(Publicado em “O Jornal Batista”, de 21 de abril de 2013, p.3)